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DUMBPHONES: Um Movimento em Ascensão, Mas Será Que Vai Pegar?

Por Redação
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É importante destacar que o comportamento das pessoas influencia a economia, mas a economia também tenta moldar o comportamento das pessoas, gerando, por vezes, atritos. Por exemplo, quem viveu antes dos anos 90 teve acesso a fitas K-7, VHS e discos de vinil, que eram relativamente baratos na época. Você comprava um disco novo por 30 ou 40 reais. Agora, estou vendo um disco de vinil da banda Angra sendo vendido por 520 reais!

A escassez e a disposição de pagar por um item cuja tecnologia está ultrapassada tornam esses produtos valiosos, mesmo sabendo que seu processo de fabricação não agrega mais tecnologia.

Dito isso, por que alguém trocaria um smartphone, que oferece um mundo de informações, por um aparelho extremamente limitado que talvez nem acesse a internet?

Geração de Frustrados

Um movimento está ganhando força: pessoas estão rejeitando os smartphones modernos em favor dos chamados “Dumbphones” – aparelhos simples que fazem apenas chamadas, enviam mensagens de texto, funcionam como alarme e talvez tenham MP3 ou câmera. A alegação é de que os smartphones fazem mal, aumentando a ansiedade, afetando o sono e agravando problemas mentais. Além disso, aqueles que optam por Dumbphones buscam diminuir distrações nos estudos e no trabalho.

É compreensível, mas aqui vai uma reflexão simples: o avanço da tecnologia serve para facilitar a vida humana, certo? Mas a tecnologia é um incremento às ferramentas já existentes. Se hoje você usa o Google Maps, antes usávamos mapas de papel; se hoje você lê este blog, antes líamos colunas de jornal ou revistas. Não há nada de novo, apenas formas mais eficientes de fazer o que já se fazia. E, como uma serra que você não sabe usar, ter uma serra motorizada sem aprender a manuseá-la aumenta a chance de acidentes.

Serve Para Quem?

Para os idosos que têm dificuldades com tecnologia ou preferem fazer tudo à moda antiga, ter um celular que cumpre apenas o essencial é razoável. Mas o que dizer de adolescentes que não conseguem se controlar e buscam escapar das redes sociais e se autodenominam neoluditas,  recorrendo aos celulares mais simples (mesmo que os smartphones possam reproduzir essas funções através de configurações específicas)?

Se você ainda não entendeu que a informação sempre esteve presente e a compreensão de como utilizar algo é intrínseca ao indivíduo, talvez você precise realmente reduzir o acesso às tecnologias de um smartphone também.

Quem não gosta da ideia é a indústria. A busca pelo “dumbphone” não é vantajosa, pois a produção desses aparelhos não gera receita significativa, visto que os valores agregados estão mais atrelados aos softwares do que ao hardware. Assim, a escassez faz o valor do produto subir, sem justificar seu propósito.

Direcionamento do Mercado

Ao serem identificados como um novo nicho, produtos poderão ser explorados para essa parcela de pessoas, seja na forma de distribuir informações, seja na apresentação de propostas de consumo. Uma coisa é certa: ao longo da história, o mercado sempre encontrou maneiras de alcançar as pessoas, com ou sem smartphones, e quem é do ramo varejista sabe que, para frente ou para trás, a palavra sempre foi “adaptação”.

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